terça-feira, 21 de outubro de 2008

A angústia de um homem de Bigode, no momento de tentar enfiar uma farpa no Complexo de Elektra de uma traumatizada ex-aluna Casapiana

Imagem do PROTESTO GRÁFICO
Vocês andam cheios de sorte, porque, ultimamente, eu ando de bom humor. Ora, quando eu ando mal humorado, detesto que gozem comigo, e, quando sorrio, ainda detesto muito mais.
Vamos direitinhos ao assunto: era uma vez um país de homens de bigode. Isso é do tempo dos afonsinos, em que os homens, sempre obcecados com o tamanho da "coisa", e impedidos de andar com a "coisa" de fora, para se medirem uns com os outros, recorriam a uma metáfora, e deixavam crescer uns pelos, debaixo das narinas.
A mensagem era subtil, como todos os pensamentos da Rosa Lobato de Faria: quanto maior o bigode maior a "coisa".
Havia "coisas" para todos os gostos e tamanho: pequeninas, à Hitler; farfalhudas, à pielas de Manuel Alegre; retorcidas nas pontas, à garupa da Sarah Palin; inchadas, como o botox da Manuela Moura Guedes, ou ralas, meros buços, como a inteligência de Vítor Constâncio.
Isso era no Tempo da Abundância, quando os cavalheiros desciam o Chiado, e davam bengaladas uns nos outros, sempre que o Millennium-BCP da época branqueava capitais, ou o BPN escondia os buracos financeiros por debaixo do tapete, e a Caixa Agrícola falia, num "ai" tuberculoso, de IV Acto da "Traviata".
Depois, com o esvaziar da Ampulheta, os últimos bigodes viram-se em 25 de Abril de 1974, onde toda a gente queria mostrar que tinha uma "coisa" grande, esperançosa e revolucionária.
Ai, que saudades!... Está longe, como Alcácer-Quibir, não é?... Porque depois veio a Crise, e imperou a Lei das Incompatibilidades, e, ou se tinha bigode em cima, ou... em baixo.
Mário Nogueira, supomos, optou, em 2008, pelo bigode de cima, e caiu numa terrível ratoeira, e aqui vamos ter de começar a ser objectivos, para construir o silogismo, e os factos reais, comprováveis e cientificamente tratáveis são os seguintes:
1) Mário Nogueira tem bigode
2) Eu desconfio de homens de bigode
3) Os homens de bigode necessitam sempre de mulheres autoritárias e dominadoras
4) Maria de Lurdes Rodrigues ADORA e precisa de homens de bigode, que lhe fazem lembrar o Pai (Freud) Ausente
Dadas as quatro situações anteriores, as conclusões tornam-se, agora, watsonianas: Mário Nogueira quer mostrar a toda a gente que tem a "coisa" grande, mas a "coisa" grande é incomprovável, porque ela é hoje um Gato de Schrödinger: como só se pode ter o bigode em cima, ou em baixo, se se quiser comprovar o bigode de baixo, imediatamente ele ressalta para cima, e nada se sabe; se se olhar para o bigode de cima, dada a Lei das Incompatibilidades, nada ficamos a saber sobre o bigode de baixo.
Simples, não é?...
A notícia de que os "agitadores", velha categoria herdada dos tempos do Maior Português de Sempre, tinham começado a pôr a circular uma sms, dizendo que os Professores se iam "conciliar" com os seus maravilhosos Sindicatos de Bigode, pôs-me imediatamente um sorriso às listas, como o do Gato da Alice, e comecei eu, imaginem, a afiar as pontas do meu próprio bigode...
Nem vocês imaginam, caríssimos leitores, o estado de pólvora em que fico, sempre que me tocam no bigode: como se diz em bom Português, vai tudo raso, e hoje é uma pequeníssima ante-câmara de eu começar a pôr tudo a ir mesmo raso, e vai já de seguida: Sr. Mário Nogueira, nunca o conheci de lado nenhum, como não assisto aos programas do Goucha (outro, de bigode), ou aos "Gatos Fedorentos", e só o ouvi, finalmente, referenciado numas quantas anedotas de mau gosto.
Prefiro qualquer Bergmann aos Sindicalistas.
Sei que assinou um contrato, onde atraiçoou 100 000 pessoas, com uma pessoa que nunca fez um "mea culpa" da sua cumplicidade em diversos homicídios involuntários de Juntas "Médicas", coisa que NUNCA lhe perdoarei, e que, mandasse eu, já lhe teriam valido um valentíssimo olho da rua há anos, mas mesmo muitos anos!...
Do que tenho lido pela Net, o Sr. e mais os seus sequazes, estão-se a preparar, mais uma vez, para fazer "surf" numa onda que não é vossa.
Acontece que há uma Classe Profissional, que, ao longo dos últimos anos, foi ferozmente ofendida e vilipendiada por um Poder Repugnante, cuja hipóstase é essa mulher-a-dias que puseram como Ministra da Educação, conhecida nalguns altares pela "SINISTRA MINISTRA".
Acontece que dessa classe profissional depende todo o futuro de Portugal, porque é ela, e só ela, que educará as Gerações Futuras. Se não tiver condições físicas, nem estabilidade psicológica, para cumprir a sua tarefa, iremos regredir, com sequelas muito mais graves do que as quotidianas trafulhices de Bolsas e Bancos de um Sistema Parolo: Sr. Nogueira, nós regrediremos à Idade Média, com a sua complacência e a dessa Incompetente que insiste em tutelar a 5 de Outubro.
O meu conselho é, pois, muito simples: se ainda não sabe, eu domino a PALAVRA, e a palavra -- in principio erat verbum -- é criativa e pode ser fatal. Imagine um cenário em que frases de mérito subitamente se unem com imagens cruciais, e o Sr., os seus acordos, e a Bruxa da 5 de Outubro são tsunamicamente transformados num puré como nunca sonharam!...
Hoje, como ja viu, estou profundamente romântico: estou a viver, intensamente, este Verão Indiano de 2008, com temperaturas como eu adoro, e com o País a afundar-se na direcção que eu bem previra, e é por isso que, com muito amor, acredite, com muito amor, por si, por todos os homens de bigode, e pelas engomadeiras autoritárias que hoje, madrugada do dia 21 de Outubro lhe vou deixar aqui um amigável convite blogosférico: lembre-se de que a hora é de União, e, assim sendo, desconvoque a sua Palhaçada de 8 de Novembro, e venha juntar-se aos mais de 100 000 que, Dia 15 de Novembro, virão descer a Avenida da Liberdade.
Já imaginou que a sua sobrevivência pode estar dependente do Cataclismo desse Dia?...
Saudações Democráticas de quem muito o estima, e tudo de melhor para si deseja.
P.S - Dê um grande beijo meu à Lurdes, quando a vir... A partir de hoje, é a Guerra.

(Pentagrama guerreiro, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

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