sábado, 27 de fevereiro de 2010

Novas Escutas do "Freeport": da Coleção de Rejeitados da Popota Cândida Almeida





CD 12 – 1h 12m 14 s

Elisabeth II – Ohhhh, darling… (smile)

Dona Adelaide Pinto de Sousa – Como está, minha querida?...

E. II – I am a bit of pain in the ass…

D.A.P.S. – Dores nas cruzes?... Isso já lhe passa, querida, quem me dera que as minhas dores fossem todas nas cruzes...

E. II – And your son?... Do you know that “eu já dei ordem” of blocking here “Freeport’s” process?...

D.A.P.S. – Sim, “my son” já me disse...

E. II – You know, I don’t want dirty things envolving MY son!...

D.A.P.S. – Nem o meu!... O meu Zé é tudo para mim, aliás, o meu Sócrates, e o outro, que se ia chamar Platão, e um terceiro, que se Jeová quisesse, seria Aristóteles...

E. II – So, what about “Freeport”, in Lisbon?...

D.A.P.S. – Cândida Almeida “is just trying” to arquivá-lo. Fique descansada, que já não aparece lá o nome nem do seu filho, nem do meu, nem do meu irmão, nem dos meios irmãos, nem dos meus sobrinhos, nem dos meios sobrinhos, nem de ninguém da sua família, nem da minha, e a palavra "off-shore" e "Parkinson" foi apagada de lá!...

E. II – God is great!...

D.A.P.S. – (silêncio) No, dear… Yahvé “is great”!...

E. II – Yes, yes, Yhavé too. And Allah, and all gods are great (smiles)

D.A.P.S. – Tudo, na Terra, é grande e grosso (risos)

E. II – So, now, we can begin thinking on something greater than “Freeport”… (silence)

D.A.P.S. – José “is trying to build the BIGGEST airport” no Mundo. (silêncio) Quer dizer, está a arranjar maneira…

E. II – “arranjar maneira” is what?...

D.A.P.S. – “He is trying”…

E. II – Ah, that’s all right, dear (smiles)

D.A.P.S. – … “He is trying” to have more robalos?...

E. II – What is that... “robalos”?...

D.A.P.S. – (silêncio)

E. II – (silence)

D.A.P.S. – (silêncio)

E. II – Is it what?... a fish?...

D.A.P.S. – “Well, IT is not fish, not… It is…”

E. II – Bass fish?...

D.A.P.S. – Não, not “snuff” (silêncio), é… (silêncio)… dinheiro

E. II – Oh, darling, I see, “dinheiro”, money… It' s so, so... sweet, money. I like money very much!... Money is my… blood!...

D.A.P.S. – Querida, não me fale de “blood”!...

E. II – Why not, my dear?...

D.A.P.S. – “Because I’m” Testemunha de Jeová. Posso receber dinheiro mas não posso receber sangue.

E. II – Ohhhh, I’m so sorry, darling, so I can imagine how you are “sofrendo”, now...

D.A.P.S. – Sim, sou uma sofredora, estão a tentar linchar moralmente o meu filho...

E. II – But your child has any morals?

D.A.P.S. – Não, mas uma mãe acredita sempre que sim

E. II – And he will get married now? ...

D.A.P.S. – (silêncio)

E. II – I’m not talking about gay marriage. I’m talking about a woman, you know you can allways buy a woman to pretend to be his wife. I’ve done the same, with Sophie and Edward… My son is also a… faggot...

D.A.P.S. – “So, you are a fag-mother…” (risos)

E. II – (silence)

D.A.P.S. – (silêncio)

E. II – No, I’m the Queen, and you are a… (silence)

D.A.P.S. – …

E. II – … anyone can help me?... Richard, please, call me the translater!... (silence)

D.A.P.S. – …

E. II – (silence) So... “Você é uma javardona transmontana, mãe dominadora, que fez a vida negra ao seu marido, antes de se divorciar, e o seu filho tinha de dar num paneleiro de Vilar de Maçada, o maior aldrabão que os Portugueses já tiveram como Primeiro-Ministro, portanto, “fag-mother” é a puta que a pariu, sua ordinária!...”

D.A.P.S. – (chora)

( Ouve-se outra voz na linha)

Cândida Almeida – Importam-se de manter alguma decência na conversa, porque isto está tudo a ser gravado?... E, já agora, ou falam em Português, ou é melhor estarem caladas, porque eu sou fraquinha em Inglês Técnico!...

E. II – Oh, yes, darling, of course!...

D.A.P.S. – Ai, sim, querida, pedimos já desculpa… Mas podemos continuar?...

E. II – What’s about raining, in Madeira?... And Cristiano... Cristiano Ronaldo?...

D.A.P.S. – “Do you love too” Cristiano Ronaldo?... Passo o dia a “dar ao dedo”, “esfolheando” revistas com ele…

E. II – “Dar ao dedo?...”

D.A.P.S. – “Yes, darling”, como é que se diz, em Inglês... esfregar o dedo no clítoris, com toda a força?...

(Fim da escuta)


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Breve Ficha de Inscrição na Camorra




Imagem do Kaos

A primeira palavra vai, inevitavelmente, para a Madeira: pudessem os versos e as belas frases restituir a vida aos mortos e a beleza aos lugares. Não podem, e fica aqui o apelo ao Tempo.
Os velhos do restelo, aves agourentas, que todos detestam, têm agora a voz nos abusos do urbanismo, e mais não vou dizer. Cheia andou, a Bela Ilha, de belíssimos "engenheiros", daqueles, dos bons, da "Independente", que já não se fabricam, porque a fábrica fechou, e a coisa deu no que deu.
A segunda palavra é para aquilo que, se estivéssemos num País regular, minimamente sensato, e com alguma tradição de Opinião Pública, já teria limpo a Classe..., enfim, ia escrever "Política", mas isso só seria verdade no sentido lato, porque tudo é Político, portanto, escreverei, a Fachada do Regime, que deveria ter sido imediatamente limpa.

A memória, como sabemos, é coisa curta, sobretudo no país da "bica" e do Futebol, da Santa com Cara de Saloia, dos "Ídolos" e dos "Gatos Fedorentos": dura enquanto durar o esfregar a beata no cinzeiro, e logo a seguir, o português típico cospe para o chão e passa adiante, a olha para os cus de umas pitas boazonas do 8º ano, que ainda são menores, mas já se faziam.
O que mais me inquieta, sempre que regresso de viagem, é esta compulsiva necessidade de estar permanentemente a fugir de aqui, e a sensação seguinte, no âmbito da ressaca, que é a de que, de cada vez que volto, encontrar cada vez menos país e cada vez mais pântano.
Há um lado glorioso no "SOL", quando decidiu romper o silêncio das "Escutas", e chapar com alguns estilhaços da Realidade Oculta, mas imediatamente passamos para o patamar da inquietação seguinte, que é como estar a apanhar só três minutos entrecortados de um filme que nós sabemos ser infinito.
Quando António José Saraiva, que dirigiu o "Expresso", lugar de referência, pelos bons e maus motivos, começa a falar com voz grossa, é sinal de que apenas nos está a ser dado contemplar a ponta do icebergue, mas já repetimos isso infinitas vezes, por aqui.
Falou com voz grossa, e passou a editorial uma série de caras, muito nossas conhecidas, que sabemos que já deveriam ter "ido dentro" há muito tempo. Trata-se de associação criminosa, nepotismo, peculato, divulgação de informação cifrada, tráficos e compras de silêncio, tudo o que possamos, e, sobretudo, aquilo que nem sequer imaginamos.
É a vida: o próprio "Arrebenta", figura de ficção, e, ao que parece, de grande popularidade, começou a sua vida blogosférica, aquando de um valente chuto no cu dessas mesmas caixas de comentários do "Expresso", só deus saberá por que razões, mas que não serão alheias a muitas coisas sucedidas, já que se preparava para desmascarar um dos piores erros da Democracia Portuguesa, a eleição de Cavaco Silva para Belém.
Águas passadas.
Hoje, numa memorável intervenção, o atual Diretor do "Expresso", de novo, acusou o pederasta exaltado, colérico e vingativo, que (ainda) governa Portugal, de exercer pressões, desde as mais suaves às mais incómodas. Também não é de espantar, porque se trata de uma figura, como todas aquelas que não têm qualquer caráter, de ser capaz de tudo, e é. Utiliza uma velha tática, que vem em todos os manuais de sofística que é a de negar, com ar cândido, as mais evidentes evidências. Para os avisados, a coisa torna-se revoltante, e ainda exalta mais os ânimos. Para a enorme massa, inculta, inquieta e assustada, deste enorme divã de acomodados, que se chama Portugal, há uma sensação de curto-circuito, porque, herdeiros do culto do Respeitinho, no fundo, fica sempre uma séria dúvida, quando se ouve um homem, com o cargo de Primeiro Ministro, desmentir, desmentir, desmentir, que ele possa estar realmente a MENTIR.

Num terceiro tema, Manuela Ferreira Leite, que tantos ódios acumulou, tem revelado as virtudes da estadista, e mostrado como se pode ser excelente Chefe da Oposição, sem grandes esforços: basta chamar os bois pelos nomes, coisa que, nesta terra, é dos comportamentos mais temidos. Numa entrevista irrepreensível, dada a Judite de Sousa, tocou numa das teclas sensíveis do meu "ego": estar ali para servir, e não para fazer carreira, linha que perfeitamente se inscreve no manual do aristocrata, e ela bem o sabe.

Desconheço os limites constitucionais do ato, mas suponho que, brevemente se esgotarão os poderes da Coisa Triste, que ocupa Belém, para poder dissolver a Assembleia. Como isto está a a reboque do seu próprio fim, não é líquido que o faça, no momento ideal, quando o PSD definisse quem quer que seja o seu próximo rosto, e já houvesse um rumor parlamentar do que viesse a seguir.
A Esquerda continua a insistir em alcoólicos, que pactuavam com terroristas, em tempos de Guerra, e arranjou agora uma nova figura, equivalente às Tardes da Júlia, ou aos cozinhados da Maria de Lourdes Modesto, para tentar transformar a Presidência da República, já de si tão desacreditada, num novo poleiro da Ternura dos Sessenta, indiferente a um País que precisa de um Estadista de pulso orientador, mas nem me vou deter mais sobre isso, porque o cataclismo "ira de soi"...

A preceito, Sócrates já deveria ter ido para a rua, aquando do "Caso do Diploma", e, como já não sei, de há semanas para cá, em que águas navegamos, um brusco salto, nos contadores, de emails enviados, de material duvidoso, em redor da "Independente" (como poderão verificar), em redor da única contribuição, eventualmente interessante, a ser verdadeira, que a tal pécora de Gaia, que destruiu o nosso primeiro "Braganza", deixou como legado, está a acontecer diariamente.

Presentemente, não me atrevo a quaisquer previsões, tanto mais que o "SOL" deverá avançar, já nesta sexta, com mais lenha para a fogueira.
À maneira italiana, tudo isto deveria desembocar num "Mãos Limpas", que arrastasse consigo o Polvo inteiro, reabrisse, por exemplo, o "Casa Pia", fizesse uma limpeza dos magistrados conluiados com o tráfico, o futebol e a construção civil, e abanasse esta gente, mostrando-lhe que não é possível que haja sentinelas, como essa tal de Cândida Almeida, que acha importante é que se tapem os furos da panela de pressão, de onde ainda vai saindo algum vapor útil, em vez de se preocupar com a gravidade das coisas que vão saindo para a Opinião Pública. Suponho que seja isso que defina ser "la voix de son maître"...

Se me perguntassem o que hoje me satisfaria, seria elementar: Sócrates fora, eleições antecipadas, ou não, porque haveria maturidade suficiente na Assembleia, para organizar um Governo de Salvação Nacional, pluripartidário, que excluísse o PS, até que ele se purgasse, novo Procurador da República, e limpeza dos cavalheiros de Justiça, que passaram por tudo, até pelos célebres Tribunais Plenários, que a PIDE tanto adorava.
Obviamente, estou a sonhar alto.
Ficará tudo na mesma, Cavaco será reeleito, para acabar a babar-se, nos braços da sua mulher a dias; talvez se consiga calar Ferreira Leite, pondo-a na Presidência do Banco de Portugal, em vez de Manuel Pinho, e assegurando assim um "Centrão-Sombra", e Sócrates perpetuar-se-á, ele e o "Polvo", o pessoal do "Eleven", das saunas de Bruxelas, Berlim e Barcelona, e, passada a agitação da Madeira, nós poderemos voltar, calmamente, a concentrar as nossas baterias nas minúcias das pernas de senil depilado de Cristiano Ronaldo, porque isso é que é bom, e dá saúde e de comer a um milhão de Portugueses.
A Bem da Nação

(Quarteto brahmsiano, no "Arrebenta - SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pela Liberdade de Expressão, a Blogosfera Futura

Há quase três anos, em pleno conflito entre a máquina do Sr. Sócrates, os instalados do "Sistema", os insultos da rameira Clara Ferreira Alves e as provocações saloias de Paulo Querido, as vozes livres da Blogosfera sentiram a necessidade de tipificar e delimitar a sua ação.
Três anos depois, voltámos a ser atuais, e a luta continua a ser exatamente a mesma, com a agravante de três vezes 365 tristes dias decorridos.
Aproveita-se esta noite, que antecede a contestação de 11 de Fevereiro, que será tão só aquilo que dela conseguirem fazer, para republicar o que então propusémos.
Àparte alguns delírios legalistas, epifenoménicos, o blogue "BLOGOSFERA FUTURA" continua a tocar no essencial do debate, que aqui vos convidamos a reiniciar, num país muito mais triste, mais pobre e mais desiludido.

Força, porque o Futuro será sempre da Luz contra as Trevas :-)




A BLOGOSFERA É UM NOVO MEIO DE PRATICAR A LIBERDADE DE PENSAMENTO E EXPRESSÃO, FRUTO DAS SOCIEDADES AVANÇADAS











1) A Blogosfera é um espaço virtualmente virgem, não-poluente, e imediatamente acessível, no presente, ou futuro próximo, a qualquer habitante da Aldeia Global.



2) As informações veiculadas na Blogosfera devem tender para assegurar o máximo de dados, alertas e felicidade aos seus usuários.

3) Qualquer recurso inserido na Blogosfera faz imediatamente parte do Património Comum do habitante da Aldeia Global, e, como tal, deve ser o mais amplamente difundido, e referenciado.

4) A Blogosfera rege-se pelo aforismo de "Máxima informação = Máxima protecção".

5) A Blogosfera deve formar, informar e divertir.

6) Está a Blogosfera, por princípios genéticos, imunizada contra quaisquer tipos de poluição, que nos tornaram o Mundo insuportável, nomeadamente, filtragem de informações, servilismo a grupos, políticos, económicos, de pressão, ou simplesmente destinados a manipular, ou intoxicar, a opinião própria de qualquer aldeão global.

7) O seu único vector condutor chama-se "Liberdade de Expressão", e está tipificado e exemplificado em todos os mais altos momentos em que ela se exerceu, na História Pública da Humanidade.

8) Em cada Cultura e Regime, reserva-se a Blogosfera o direito de exercer o dever de informar os outros, sempre que se tenham esgotado, ou se suspeite de que se vão esgotar, os meios tradicionais de transmissão da Verdade, e só da Verdade.

9) A propriedade da Blogosfera é das gerações presentes, assim como a responsabilidade de assegurar o seu máximo usufruto por todas as gerações seguintes.

10) Os princípios atrás expostos são propriedade intelectual de todos os seus leitores, que devem ter, em cada instante, o direito de os invocar e o dever de os fazer chegar ao maior número de Concidadãos Globais, podendo, em qualquer instante, ser reescritos, no sentido da economia e da Perfeição, e inseridos, então, na Declaração Global dos Direitos do Universo.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Liberdade de Expressão




Isto é uma vergonha, e mete cada vez mais nojo.
São anos e anos de cansaço, a repetir as mesmas coisas, e um poderoso abafador, cada vez mais impertinente, a tentar que a Verdade vá ao fundo.
Tenho, na minha vida, uma coisa, que é simultaneamente a minha maior sorte e o meu pior azar, e que é a de me cruzar, quando não devo, com quem menos deveria.
Para que não fique pela charada, já muitas vezes me sentei em frente de gente que conhece alguns meandros desta porcaria que se instalou me Portugal. Toda a gente sabe que não é nova: novo é o despudor com que se exibe, desmente, e candidamente rebate agora o que se tornou evidente.

Venho de uma família, que, no tempo dos afonsinos, andou de armas na mão, para que se separassem os Três Poderes, e isso parece agora Bolor da História, não se tivesse voltado a tornar... impertinente, e isnsolente.
Na minha passagem pela Democracia Portuguesa, houve dois momentos que considero os mais deploráveis de sempre: 10 anos de Cavaco Silva, acrescidos agora destes cinco -- já são cinco, não é?... -- do Sr. Sócrates, Agente Técnico de Engenharia, à pressão, e conotado com tudo o que é Corrupção, em Portugal.
Aníbal vinha de um tempo da província e da chico-espertice, que nos custou que os fundos que a então CEE enviava, para que acertássemos o passo com ela, acabassem nos bolsos dos amigos de Mira Amaral, de Ferreira e Costa, de Torres Couto, de Oliveira e Costa, de Cardoso e Cunha e de Dias Loureiro, entre outros nomes terríveis, que tanto envergonham a nossa História recente.
Com Sócrates, passámos para o provincianismo expandido aos meios da Net.
Sou do tempo do arranque da Rede, em que o Sr. José Magalhães, renegado do PCP, se pavoneava como alta autoridade para o novo meio de lavagem dos cérebros. Não por acaso, deram-lhe o nome àquela sucata informática, em que as crianças vêem pornografia, e que vende bem por cá, e na terra do Ditador Chávez, mas isso era só a aparência, porque esse cavalheiro foi posto num alto posto da Administração Interna, de maneira a pôr-nos o Big Brother dentro de cada ligação, email, e depois "post", que fazíamos.
Não me apetece voltar a essa contabilidade, mas ela fica, outra vez, feita: foderam-me o computador quando me atirei, com unhas e garras contra o maçónico Carrilho, quando ataquei, com tudo o que tinha à mão, a recandidatura do Saloio de Boliqueime, e, mais recentemente, quando contribuí, com o que podia, para que Sócrates perdesse a Maioria Absoluta. Pelo meio, vários ensaios, inclusivé uma tentativa de liquidação física, que não vou rememorar aqui, mas que deixou rastos, e anos e anos de telefones em escuta.

Nada do que vem a público é, para mim, novidade. Novidade talvez seja a amplitude que a coisa está agora a ganhar, e essa onda devemos nós, independentes, aproveitar, para a cavalgar e marcar posição, e dizer, decididamente "NÃO".

Portugal não é, nem pode continuar a ser, esta farsa de medíocres que diariamente ocupa o tempo inteiro dos Órgãos de Comunicação Social, este lixo cultural, político e social com que somos bombardeados, estes gajos, que não têm onde cair mortos, e passam, horas e horas, a tentar contornar o problema, e a evitar que se obtenham respostas para as perguntas que cada vez mais se nos avolumam.

Quem é esse Procurador-Geral da República que se preocupa com terem posto no "Youtube" as Escutas do Pinto da Costa, mas não com se terem arquivado processos com provas daquele teor de escândalo?...

Que Justiça e que País são aqueles que permitem que se feche apressadamente uma Universidade, só porque se tornou evidente que o Primeiro-Ministro tinha "contornado" o percurso académico que o conduziu a um... "diploma"?

Quem são essa Cândida Almeida que mandou arquivar um escândalo evidente, e essa Sónia Sanfona, que disse que o BPN não tinha relevância?... Quem são e a quem servem?...

Onde anda o "Casa Pia", depois DISTO continuar a receber centenas de milhar de visitas?... Quantos ficaram de fora, enquanto nós éramos assustados, e nos desviavam a atenção para o "parasistismo" da Saúde, da Função Pública, dos Professores, entre tantos enxovalhos sociais que sofremos?...

Mário Crespo começou a avisar que "devíamos, a partir de hoje, começar a trazer o guarda-chuva".
Nós sabemos, vários guarda-chuvas, aliás, porque aquilo que vem à superfície não é mais do que uma neblina de uma máquina infernal, que nos rege na sombra, e que não hesitará em nos liquidar, quando se sentir ameaçada, como agora se sente, porque esta gente MATA e mata mesmo.

São tantas coisas, e tão más, que me reservo o direito de que outros as desvelem, e pararei por aqui, porque sei que as notas e o clima já são formidavelmente negros, e que as pessoas, pobres pessoas, incultas, desinformadas, e manipuladas, intoxicadas pela permanente fachada cor de rosa das aparências, dificilmente engoliria, por exemplo, viver numa sociedade onde é a rede da Coca que manda, e que o sigilo da Pedofilia, esse pavor de Estado, que fazia o Miguel Sousa Tavares, esse traste, encolher-se todo, sempre que o tema era tocado, ter uma explicação simples.
Em que estado ficaria a Opinião Pública, se soubesse, por exemplo, que lhe pesava o que sabia da mãe -- coitada, já lá está... -- Sophia de Mello Breyner, que também tinha vivido, no corpo, esse sinistro fio negativo que ligou os "Ballet-Rose" ao "Casa Pia"?...
É mau, não é? eu sei, mas não é mais do que uma ponta, das muitas pontas enevoadas deste icebergue em cima do qual hoje somos obrigados a viver.

Compete-nos a nós, que não somos pagos para escrever, que somos livres de pensar e que adoramos saber a Verdade, por mais que isso nos doa, alinhar nesta corrente profunda, que agora despertou, para que a Liberdade de Expressão tenha sentido em Portugal, e não nos transforme, inevitavelmente, numa Venezuela europeia, gerida por um pederasta, sem qualquer pudor, nascido, ou registado, ou lá o que foi, em Vilar de Maçada, e a quem convenceram de que podia calar  e enganar 10 000 000 de bocas.


(Profundamente indignado, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Pântano, ou as serôdias febres palustres de Vilar de Maçada



Imagem KAOS

Nunca vejo o "Expresso da Meia Noite", porque acho aquilo uma conversa entre as comadres responsáveis pela mentira do dia seguinte. Hoje, pela primeira vez, quando a Maria João Avillez rosnou, com o seu vozeirão, a palavra "Vergonha", senti que a coisa estava séria, e estava, porque todos os presentes ficaram imediatamente medusados.
É bem feito.
Desde o Caso do Diploma, que o Sr. Sócrates, mal ajeitado agente técnico de engenharia, deveria ter sido afastado da esfera do Poder. Tudo o que se seguiu foi consequente, e coerente, dado que a premissa inicial estava errada, ou seja, quem engoliu aquela estava em estado de engolir todas as outras, e assim se fez, e deus viu que era bom.

O quadro político deteriorou-se ao limite, e o homem tem a sorte de não se chamar Santana Lopes, e de não termos Presidente da República, senão já tinha sido esquartejado e pendurado às moscas. Não lhe o fizeram por cima, mas fizeram-no por baixo, e aquele "Vergonha", de Maria João Avillez era a voz cava das velhas padeiras de aljubarrota, a incarnar ao rosnar das bases, vociferando para o vexame que se instalou no topo.

Para estes momentos, e Manuela Ferreira Leite -- enquanto Cassandra -- já o sintetizou, precisamos pouco de políticos e bastante de estadistas. Acontece que os políticos são aquela sordidez que diariamente vemos, e os estadistas não se sujeitam a cenários destes.
Houvesse um estadista na Cabeça da Nação -- relembro Juan Carlos -- e a solução era linear: José Sócrates deveria ser imediatamente afastado do posto que ocupa, por pressão direta do Chefe de Estado, e por iniciativa do Partido, o Socialista, que ainda dirige. Tudo isto, evidentemente, de forma discreta, e com dignidade suficiente para que sentíssemos que vivíamos, não num estado pária, mas numa democracia do primeiro mundo. Em seguida, e isto era um excelente figurino para todos os tempos e estações, dado que existe uma maioria absoluta parlamentar CONTRA José Sócrates, o Chefe do Estado -- alguém que não o manequim dos anos 50 da Rua dos Fanqueiros... -- deveria apresentar um Governo constituído por notáveis, e apresentado previamente ao Parlamento, dizendo, "fulano de tal é a minha proposta para Ministro das Finanças, fulana de tal para a Economia, cicrano, para a Educação, etc...", e caso a caso, todas as bancadas parlamentares, ou as suficientes para garantirem uma legislatura de salvação nacional, comprometer-se-iam a respeitar as cabeças de tutela, como Ministros da Nação, num período assumido de emergência.

Como se pode imaginar, pedófilos, aventalados, lobbies gays, hetero e fufas, opus demonizados, futeboleiros, traficantes, camorreiros, clientes do "Eleven" e gente sem escrúpulos nem dignidade seria imediatamente excluída desta espécie de Senado com dignidade Consular, cuja missão seria sanear o Sistema Político, reassegurar a Separação dos Poderes, e desencadear uma Operação Mãos Limpas, não em clima de frenesi nem de precipitação, mas calmamente, nuns seis meses, por exemplo, em que a Democracia Tradiconal deveria ser considerada como suspensa.
A ideia não é minha, nem tenta colar-se ao que já diversas vezes foi dito, por muitas vozes do nosso descontentamento, e considero-a, neste momento, sensata e consensual.

A alternativa tem perfume grego ou haitiano, conforme queiram, mas de uma coisa devem os Portugueses ficar cientes: doravante, sempre que lhes falem de Boliqueime ou de Vilar de Maçada, sejam elitistas e digam, desde logo, "por favor, passem a mandar-nos gente urbana, com sólida cultura civilizada, boa formação académica, vida afetiva e sexual bem assumida e um perfume de tradição aristocrática, porque servir um país não é como andar a servir em série chávenas num café"

(O Quarteto do Final dos Tempos, no "Arrebenta -SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mário Crespo, novel efígie do nosso descontentamento



Imagem do KAOS

Cheira mal em Portugal, e o cheiro não é de hoje, mas o dia a dia dos episódios rocambolescos vai se progressivamente aproximando do paroxismo das barracas de feira, e dos carrinhos de choque.
Como todos os impérios dos pés de barro, o Sr. José Sócrates Pinto de Sousa lida mal com a crítica e o humor. Sabe que só sobrevive dentro da couraça de uma miragem, e de um estranho ventilador, que diariamente lhe ilude a Realidade.
O problema do Sr. Sócrates não é de hoje, é um problema de má consciência, muito antigo, que começa nas suas origens, resvala pela sexualidade, atravessa os maus atos da governação, os negócios escuros de todos os inconfessáveis conluios, e, como todas as pessoas habilitadas à pressão, tem, ainda por cima, o terrível complexo de saber que nunca obteve uma licenciatura, mas um reles... diploma.

Há tempos que circulam, por email, textos de Mário Crespo, crescentemente verrinosos, e, bastantes vezes, certeiros. Para todos nós, enfim, os poucos, que têm alguns contactos com os bastidores da Informação, sabe-se que o que vem a público não é senão uma pequena parcela distorcida de coisas inenarráveis, que, postas lado a lado, nos revelariam um pântano de sufoco e inquietação.
Várias vezes li fragmentos de Mário Crespo e fiz um juízo de valor algo injusto, por ver naquela escrita um "Arrebenta" sem graça, embora mais certeiro e justicilaista, ... mas, o assumir de um tom daqueles ia muito além dos factos narrados, e mergulhava já numa necessidade de ser tronitruantemente CONTRA um estado de coisas de que nós nem faríamos a mais pálida ideia.

Hoje, foi o clímax, como já tinha sido com Manuela Moura Guedes, com José Manuel Fernandes, e tantos outros, que ocuparam aqui uma página inteira.

Portugal, por causa dos calcanhares de aquiles de uma Seita, mergulhou no Medo, e essa seita deitou-se a jogar no tudo por tudo, porque o Partido Socialista, ou, melhor, o alien que se instalou no corpo do Partido Socialista sabe que, uma vez perdido o Poder, ficará dele arredado por muitos e longos anos, e é bem feito.
Em meu redor, são centenas, e em redor dessas centenas, já há milhares, mesmo milhões de pessoas, que, em circunstância alguma, voltarão a votar PS, por mais dourada que se lhe apresente a pílula.
Outros, como José Maria Martins, foram mais audazes, e resolveram apresentar, judicialmente, uma impugnação do... "diploma". De aqui lhe bato a pala, e faço continência, pela audácia.

Com Mário Crespo, volta à baila o problema central da Liberdade da Expressão. Portugal fervilha de gente que prefere uma má história a um retrato abreviado da Realidade. Hoje, mal o escândalo tinha rebentado, já os canais oficiais de propaganda estavam na Metafísica da Bola, e, talvez por não ser dia 13, pouparam-nos -- vá lá -- andar a lamber o cu à Santa Saloia de Cara de Porcelana. Katia Guerreiro, por pudor, não cantou o Fado, aliás, acho que ela nunca cantou, mas isso não é agora chamado para aqui.

Mário Crespo enveredou por uma linguagem extrema, e tornou-se num alvo do Sistema, que pouco mais tolera do que a bajulação, a notícia comprada num jornal cor de rosa sobre os namoros femininos de um homem que não gosta de mulheres e não suporta que isso se lhe cole à pele plastificada de Primeiro Ministro, e aqui começam as impertinências do que será a História futura, quando, aqueles que, de entre nós, nos perguntarem como foi o nosso tempo, tiverem de obter estranhas respostas.
"Então o avô viveu num tempo em que se soube que o Primeiro Ministro tinha arranjado um diploma falso?... Conte lá como foi... Ele demitiu-se, e o que é que aconteceu depois?... ", e nós, engasgadamente, lá teremos de explicar a realidade, "não, ele não se demitiu, desmentiu, e pôs um da laia dele, do "lobby gay", a... fechar a Universidade, e a arquivar as provas todas...",
"ah, estranho...", dirá o netinho, e continuará,
"ó, avô, diz que no teu tempo se compravam árbitros e decidiam jogos, pagando com dinheiro e prostitutas... É verdade?... E prenderam alguém?...", e lá teremos de explicar que, em vez de se prender alguém e fazer uma auditoria a tudo o que jazia e subjazia à sujidade do Futebol, tivémos um Procurador Geral da República que, pelo contrário, desencadeou uma investigação sobre... quem teria posto as escutas na Net (?).
"Ó, avô, é verdade que os políticos abusavam sexualmente dos órfaõs da Casa Pia?... E prenderam-nos?... Isso é muito feio, violar criancinhas, o avô não ia deixar que me violassem a mim, pois não?...", e nós lá teríamos de responder, engasgadamente, que "dependeria muito da posição ocupada no Estado pelo violador, mas o avô depois explica, quando tu fores mais crescido, está bem..."

Mário Crespo encrespou-se, e passou das ideias às palavras crispadas, verbalizando toda a crispação que este clima de podridão estava a espalhar, diariamente, em mancha de óleo, sobre toda uma sociedade traumatizada, amordaçada e silenciada, o Portugal do início do séc. XXI.

Silva Pereira, Jorge Lacão, Augusto Santos Silva e outros quejandos fazem-nos lembrar a Chicago dos Anos XX. É verdade que, quanto a esses, compraram, mataram, e chegaram a viver num esplendor do Negativo, que fascinava toda uma sociedade, siderada, pela impunidade das atividades do Grupo.
100 anos são quase passados sobre essa porcaria.
Essas Bonnies and Clydes acabaram com um tiro na testa, quando as gentes deles se fartaram. José Sócrates quer enterrar consigo o Regime, e é lícito, já que os 100 anos de desastre da República talvez o mereçam.

Ouvir, ontem, Cavaco Silva, um ignaro da província, citar Guerra Junqueiro, que, se fosse vivo, o teria cilindrado em meia dúzia de quadras, foi, para mim, outro paroxismo do grau de invalidez da Coisa Pública.
Mário Crespo é apenas mais um episódio. Acontece que há certas gotas que fazem transbordar o copo de vez.
Por mim, podia ser já hoje.

(Afinal, o Quarteto era de Mafiosos, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers", solidário com Mário Crespo)