sábado, 25 de junho de 2011

O Fim do Sistema Fiduciário, seguido do Governo de Massamá





Imagem do Kaos


Não, hoje não venho dizer mal do Governo, até por que não o conheço bem, mas disso só falo no fim, se me permitirem, porque ando infinitamente preocupado com o que está a acontecer no Mundo, enquanto os carros de alta cilindrada foram, pela XIX vez ao Palácio da Ajuda dar posse a mais uma Comissão Liquidatária da Lusitânia. Acontece que, enquanto o Sr. Aníbal mascava a erva saramaga, e o Passos Coelho era todo reflexos caju de cabeleireiro de bairro, estava a acontecer, aliás, está a acontecer, pelo Mundo fora, uma coisa que os nuestros hermanos do "Partido" gostam de classificar como Fim do Capitalismo, mas é mais vasto e preocupante do que isso, até porque nunca fui capitalista: só gosto é de gastar dinheiro, como qualquer mortal comum, excluída a Madre Maria Clara do Menino Jesus, que era muito poupadinha, e por isso foi beatificada. Estamos a falar do colapso do Sistema Fiduciário.

O dinheiro, já uma vez por aí escrevi, é uma convenção civilizacional, que foi contemporânea de as senhoras começarem a usar saltos altos e minissaias apertadas. Eu explico: antes do dinheiro, vinha um gajo com mau aspeto, tipo Liga dos Últimos, com uma vaca às costas, enquanto se aproximava um outro, com ar igualmente mau, com um pata negra aos ombros. Na hora da troca, das duas, uma, ou a vaca valia o mesmo que o Pata Negra, e trocavam-se, e cada um seguia com objeto diferente às costas, ou o da vaca começava aos gritos, a dizer que a sua vaca valia pata negra e meia, e isso era mau, porque, pelo princípio salomónico, cortavam qualquer coisa à vaca, e ela, no meio das trocas morria.
Não vou fazer uma História do Dinheiro, embora me agrade estar a ver pelo canto do olho, aquele denário de Creso, que está aqui ao lado, mas foi rápida: o objeto moeda passou a ser uma terceira entidade, que evitava que a vaca fosse esquartejada, quando não chegava para cobrir, salvo seja, o Pata Negra, e então, muito civilizadamente, as senhoras que andavam de saltos altos olhavam para a vaca e diziam: esta vaca vale 30 denários, como o Cristo, e o porco vale só 25, pelo que, se não se importa, para levar a vaca em troca, deixa cá o porco e mais 5 denários...
Tudo isto era maravilhoso, até porque se evitava que as senhoras enterrassem os saltos na lama, quando eram muitas as vacas e os porcos.
Para nefelibatas, como eu, rapidamente a moeda passou a valer mais do que lá estava escrito, porque, às vezes, era bonita, e eu resolvia pagar, por ela, um pouco mais, numa moeda feia, enquanto pelo lado delas, as senhoras de saltos altos ainda resolviam aligeirar mais as coisas, passando das moedas para os papéis impressos e para os american express black, que os dominique strauss-kahn costumam usar para calar bocas babadas de esporra.

Em dois milénios e meio, passámos do dinheiro que valia exatamente o que tínhamos na mão para uma metáfora de uma metáfora, que era um papel que dizia, olha, eu não vou andar com o dinheiro que vale aquela vaca, porque quer o dinheiro quer a vaca são muito pesados, mas não te preocupes, porque, ali atrás, se quiseres, podes ir buscá-lo (o dinheiro, porque quem é que quer vacas, no séc. XXI?:..).
Com o degradar das coisas, e como já ninguém comparava o papel com a retaguarda, passou a haver mais papel do que cobertura, e, depois, a cobertura passou a assentar na confiança das entidades emissoras.
Eu explico: quando se vai à tribo do Castel Branco e se diz "um dólar", imediatamente a preta acredita que aquilo é precioso, e esfrega-o na lama das mamas, enquanto a paneleirona diz, "ai, filha, um dólar, o que é que se faz hoje em dia com um dólar?...", e a verdade é que não se faz nada, como muito bem sabe o Sr. Obama, que tem 6 Estados em bancarrota, e uma dívida 3 vezes superior ao PIB, que não é um BIP escrito em americano, mas sim tudo o que a América vale num ano, e cada vez vale menos, porque aquilo é terra de riqueños, mulatos, judeus especuladores e gajas que mamam na Sala Oval. Tudo o resto ou são hambúrgueres, ou o Grande Canyon, ao contrário de nós, que temos os Castelos de La Loire, Roma, a Cripta dos Habsburgos, a Múmia de Lenine, o Danúbio, Altamira e a Clara Ferreira Alves.

Um belo dia, com a Informática, nem papel moeda passou a haver, e converteu-se tudo em infindáveis fileiras de números, que muita gente confundia com dinheiro, e muito raros ainda convertiam em vaca e porco. Depois, entregou-se a coisa a máquinas, que se entretêm com efabular equilíbrios, e, no coração de Atlanta, mandam para o caralho pedidos de empréstimo do Barcklays, uma instituição perigosa, que muita gente pensa ser Inglesa, mas é de gajos de toalha na cabeça, e gajas de bigode e burka.
Neste berço nasceram Maddoffs, a Bancarrota Argentina, e, depois, a Islandesa, o BPN, o Vítor Constâncio, e filho, e começou uma perigosa deriva, porque houve pessoas que se lembraram de dizer, olha, já agora, que me diz que eu tenho este número na conta, passe-me o dinheiro equivalente para cá, e o banco responde que não tem... já, e que passe... amanhã, e os... amanhãs vão passando, e, depois, quando chega a altura de tentar trocar o dinheiro pela vaca, descobre-se que não há vaca nenhuma, mas só os subsídios que o Sr. Aníbal, de Boliqueime, deu aos Agricultores, para desertificarem o Interior e se dedicarem ao tráfico de droga, nas rias da Galiza e do Guincho.

O Obama, o tal do "yes we can", que ainda um dia me "há dem" explicar o que é que queria dizer, tem, lá em casa, um petisco gigantesco, que é não haver dinheiro para os números que lhe põem na boca, e, como não os percebia, multiplicou-os, e resolveu contaminar a Europa com eles. Pelo meio, o Japão regressou, em três dias, à Idade Média, e a China começou a mostrar que não consegue produzir mais do que Lojas de Chineses, o que é altamente desagradável, para as senhoras de saltos altos, de Milão, Genebra e Paris, e, lamento informar, também para mim, embora use ténis, caros, sim, mas ténis.

A Grécia, outrora berço do Ocidente, hoje, um país de ciganos, foi escolhida como metáfora desta longuíssima agonia do Sistema Fiduciário, tanto mais que, de cada vez que um país fica constipado, não chega debitarem-lhe números, mas acontece pedir-se, em tempo real, que apareça o tal dinheiro que já não existe por detrás dos números. Deste modo, quanto mais países se aproximarem do incumprimento, mais essa ficção chamada "Dinheiro" será obrigada a aparecer, quando... já não há.

Alguns apostadores, idiotas, ainda estão a ver quem vai primeiro, se o Euro, se o Dólar, mas isso é indiferente, porque, se, quando, forem, irão um atrás do outro. O purismo estará apenas na precedência.

Tudo isto aponta, apesar das altas cilindradas do Palácio da Ajuda, para uma coisa muito mais perto do Kanellos, o cão anarquista, que, em Atenas, é sempre o primeiro a avançar sobre as Forças da "Ordem", o que quer dizer que, num lapso temporal extremamente curto, poderemos voltar ao sistema de trocar a vaca pelo porco, e, aí, vamos ver quem tem vacas e porcos, até porque nem todas as vacas nem os porcos são iguais, e cada qual produz o que produz.
Para tornar claro o que digo, imagine-se o Príncipe Charles com a sua Camilla Parker-Bowles, a tentar dialogar com o Sarkozy, com a sua puta Bruni, às costas, e o Sr, Aníbal, pelo meio a tentar negociar a Maria, com um Berlusconi, cheio de putas e de meninas refugiadas da Tunísia às costas... Em termos de potencial violência -- Quem trocaria a Carla Bruni pela Manuela Eanes?... -- as brunis, as marias, as michelles, as camillas e excrescências afins acabarão, por ausência de mediação monetária, esquartejadas, e, por acréscimo, os aníbais, os sarkozys, os obamas e os charles, que, fielmente, as carregavam às costas.

Este é o retrato do que está aí para vir, e que muito alegrará os nossos amigos comunistas, que crerão estar a assistir ao Fim do Capitalismo, mas, não, meus caros, isto é tão só o fim de nós todos.

No meio disto tudo, tomou posse o Governo de Massamá.

A seu tempo, dele falarei: faz-me lembrar o Governo de Queluz, do Príncipe Regente, aquele que a Carlota Joaquina, uma das valentes putas que governou Portugal, constantemente encornava, e que se encarregou de fugir para o Brasil, deixando os cafres por cá.
Aparentemente, o "pügrèsso" do Sr. Cavaco conseguiu que o governo mudasse de nome e de referência geográfica, para o outro lado da Linha, de Sintra, entenda-se, mas as circunstâncias também se alteraram. Corremos o risco de, dentro de ano e meio, todos os cafres se terem posto a mexer daqui, deixando ao contrário do Governo de Queluz, o de Massamá, a falar sozinho para as paredes.

Oxalá me engane...

(Quarteto da Bancarrota, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers" - não vai para "Uma Aventura Sinistra", que decidiu fechar, até o Nuno Crato enveredar pelo disparate...)

terça-feira, 14 de junho de 2011

A calamidade que aí vem, com pequena adenda à "Silva Nails"





Imagem do Kaos

Estamos a viver uma época gloriosa, só comparável àquele em que o "Cherne", em cujas contas alfanuméricas, da Suíça, está o dinheiro dos submarinos, em cima da mesa da Reitoria, que depois roubou, para mobilar a Sede do MRPP, com uma tal desvergonha que o partido teve depois de devolver o mobiliário, ia fazendo cadeiras e curso, aos gritos de "apto" e "não apto".
O glorioso da coisa é que o Mundo reentrou numa espécie de PREC, sem qualquer graça, nem esperança revolucionária. Aliás, as pessoas que pensam, e que ainda as há, estão num tal estado de desorientação que não sabem o que fazer, porque, nessa altura, havia a hipótese de fugir "lá para fora", enquanto o "Lá para fora", hoje em dia, é cá dentro, para cada lado que nos voltemos.
Como no tempo da Outra Senhora, a televisão passa horas a falar de um gajo que foi tomar banho com os dinossauros, na Lourinhã, e se extinguiu; de um tarado de Quarteira, que queria "matar a polícia toda"; de um velhote que ficou debaixo de um comboio, naquela estação dos anos 20, de onde vem a maior parte dos fenómenos deste país, se excluirmos os de Belém e de São Bento. A seguir, num salto epistemológico comunicacional, que os vindouros haverão de estudar, caímos nos balneários dos diabéticos, onde há mortes súbitas, e de umas gajas celulíticas, que encontraram cobridor, no Dia de Santo António.

De Bilderberg, onde se reuniram os Senhores do Mundo, nem uma notícia, exceto um pequeno rumor sobre o telefonema, com ameaça de bomba, que para lá fizémos, mas surtiu pouco efeito...
Nos órgãos de intoxicação social, sob a tutela de Pinto Balsemão, então, nem uma palavra, e o meu  primeiro carinho vai para aí, porque sempre me fez confusão como é que uma criatura, como a Clara Ferreira Alves, oito níveis abaixo dos oito níveis daquilo que as agências de "rating" hoje atribuem à Grécia, há tanto tempo se mantinha no mesmo poleiro, já que, a querer atribuir-lhe algum epíteto, só o de Ana Malhoa do "Expresso", com todo o respeito pela Ana Malhoa, que sempre tem uma função social.
Aquilo nada tem de "Pluma", e muito menos de "Caprichosa", é, antes, mais uma espuma viscosa, a repetir um nível de língua e pensamento ainda muito abaixo dos da Inês Pedrosa.
Vem de aí que imediatamente procurámos os rótulos típicos da ascensão à portuguesa, o que nos deixava em maus lençóis, porque aquilo já está na fase do "palmier" mirrado, e já só se consome depois de já não haver velhas de oitenta anos para violar, no interior profundo, como advoga o provinciano de Belém...
A chave estava, todavia demasiado à vista, e tornou-se agora evidente, com o ser a ser convidado para o Clube de Bilderberg, onde a fina nata se junta com o sarro dos esgotos: Clara Ferreira Alves tinha ido passear o "palmier" ressequido para S. Moritz, e, aqui, entramos na fase dois da inquietação, dado, ser-lhe desconhecida qualquer atividade política, exceto a de se pendurar no que parece estar a dar, e rapidamente se mudar, a seguir, para o que efetivamente começou a dar, como a inflexão entre aquela fase em que foi "pró soarista", (vale a pena reler), e o momento em que escreveu, ou alguém por ela, um texto repugnante, onde, na forma de auto retrato, projeta todas as minúcias do seu caráter sobre a figura do decano Mário Soares, que todos sabemos muito bem quem é, para o bem, o mal e o péssimo.
Supomos que um tal texto não seja passaporte par Bilderberg, mas já o poderá ser um caráter como o nele retratado, o de Clara Ferreira Alves, que facilmente encontraremos, se, no lugar do nome de Mário Soares, colocarmos o nome dela, "o maior desastre da inquisição cultural, em Portugal", e aqui começa a nossa terceira inquietação.
Entre o vazio e o que escreve, aparentemente, há tão só um célebre "pôr do sol no Cairo", que Vasco Pulido Valente eternizou, ou seja, a nulidade suficiente para entrar em Bilderberg, tal como Durão Barroso, como Kissinger advogou, "depois de ter sido o pior primeiro ministro de Portugal iria ser o nosso (deles, Americanos) homem na Europa", e foi.

O Governo em formação, que certas fontes, próximas de Portas, consideram estar a ser de muito difícil conceção, irá integrar vários fenómenos do Entroncamento, pelo que talvez Clara Ferreira Alves tenha ido a Biilderberg buscar instruções para acabar com o Fátima, Futebol e Fado, e passar só para um Fátima e Futebol, poupando no Fado, que já ninguém ouve. Traduzido para as criancinhas, pendurá-la na Pasta da Cultura, para devastar o pouco que resta de interessante, no nacional.

O resto é pior, porque, enquanto por aqui andamos entretidos com minudências, e com os disparates que eu acabei de escrever, as agências de "rating" resolveram dar mais um empurrão, na direção da bancarrota, dos países em fase experimental, para a destruição do Euro, o ponto único da agenda oculta de Obama.
Para quem se interesse por evidências, é claro que a Guerra das Moedas entrou na fase suja, e, antes de que o monstruoso defit e dívida americanos façam colapsar o dólar, as forças que sustentam o caneco do Illinois estão a tentar fazer o mesmo com o Euro, só que, esta semana, apressaram o passo: segunda, a reclassificação da Grécia no nível Clara Ferreira Alves; terça, reune-se, de urgência, quem, em Bruxelas, sabe que a Bancarrota pode vir aí, enquanto nós continuamos a discutir onde se vai enfiar o oligofrénico Fernando Nobre, o primeiro conflito do Governo, ainda sem Governo: se no lixo, no Governo, ou no Nobrão, o reciclador que trata de casos semelhantes.
Zita Seabra lá estará para dar uma ajudinha, se precisa for.
Quarta, será ainda melhor, porque toma posse um governo para um ano ou ano e meio, numa espécie de maratona de resistência, em que até poderá durar um pouco mais, se o país acabar primeiro, o que é hipoteticamente de elevada probabilidade, se acreditarmos nas profecias de 2013. Nessa mesma quarta, vamos pedir emprestado lá fora, a níveis de juro sem memória, para provar aos basbaques cá de dentro que guerras de cadeiras do centrão são totalmente desinteressantes, para as máquinas cegas e especuladores, que gerem a "crise" mundial.

Claro que isso nada nos afeta, já que temos um Grande Timoneiro, em Belém, que rejuvenesceu cinco meses -- está mesmo velho, e com aquela velhice atroz, que resulta das origens perto das raízes da couve, não está?... -- ao tentarem-no convencer, como ao Salazar, depois de cair da cadeirinha, que estava constituir o seu Terceiro Governo de Maioria Absoluta, na pessoa de Passos Coelho, uma cabeça pintada de caju que durará q.b.

E vamos terminar com mais um carinho para o Espetro de Boliqueime, aquele que, vivendo ainda no Dia da "Raça", da Assembleia "Nacional" e não querendo "curar-se", esquece-se de que aquilo que ele refere como "interior profundo" só pode ser entendido na mediocridade do cenário anterior, já que esse "interior profundo" de um país atrasadíssimo, por culpa dele e de muitos dos seus pares, é, visto do lado que me interessa, o Europeu, a periferia miserável mais próxima do país em que encaixamos, España, ou seja, é o mesmo que termos um país que deu um salto enorme, com uma mão de obra escrava e dócil, a apenas algumas dezenas de metros da defunta "fronteira".
O "interior profundo" de Portugal, Sr. Aníbal, é a epiderme mais exterior de España, o lugar por onde é fácil fazer passar tudo o que España não permite, droga, plutónio, putas e tudo o que se quiser, entre gargalhadas de desprezo histórico por um país que você levou ao ponto de máximo declínio. Já agora, você, que tanto gosta de mostrar ter "funções presidenciais", e, enquanto Chefe Supremo das Forças Armadas, num país que perdeu a sua PIDE, de Silva Pais, sabe das praxes que as fufas fazem nos quartéis, para onde foram, para se entregarem à baixaria noturna das camaratas?...
Não sabe, e talvez tenha de se informar junto das enfermarias dos quartéis e dos hospitais militares, para saber por que aparecem tantas mulheres com os mamilos queimados com pontas de cigarros..
E sabe do célebre barril da Base de Beja, onde os neófitos são amarrados, para, apanharem com "gerais" no cu, dos colegas de pelotão, indo depois parar às enfermarias, onde se tem de pôr na ficha de registo de ocorrência "queimaduras na região do ânus..."?
Eu sei que não sabia disto, mas estou eu a informá-lo.
Sei também, que, mais uma vez, "não deve ser a ocasião oportuna para se pronunciar sobre o assunto", mas passe-o para a sua Maria, que talvez convoque um chá com a Boca da Servidão do senil Eanes.
Sabe que isto dos recrutas... enfim, é um bocado como com a "Casa Pia": essas coisas nunca existiram. Existe é, em Portugal, muita imaginação.

Para o que não presta.

(Quinteto na contagem decrescente para o desastre, no "Arrebenta-SOL", no "Uma Aventura Sinistra", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

sábado, 11 de junho de 2011

A manicure de Silva Pais, ou a "Silva Nails", como repovoadora do país agrícola profundo





Imagem do Kaos


Para quem conheça bem Nova Iorque, o que não era o caso do Mandatário para a Juventude de Cavaco Silva, por Cantanhede, Renato Seabra, em cada esquina, e ao meio de cada rua, há umas escadinhas que descem para uma cave, com a tabuleta "NAILS".
Ora, "Nails", em Inglês quer dizer preta gordurosa, ou puta branca, que vai descer aquelas escadas, para colar na ponta dos dedos uns apliques de silicone, em forma de garra vermelha, que, enquanto não lhe fizerem apodrecer as unhas naturais, por falta de oxigenação, lhe darão a sensação de domínio da pantera e da tigresa, sobre o velho impotente que lhe paga as contas todas, na Quinta ou na Madison Avenue.

Em Portugal, terra de atraso em todos os quadrantes, também tivémos um negócio de Nails, mas ao contrário, porque quem subia aquelas escadas, e era enfiado naquelas salas obscuras, com gajos vestidos de cinzento e alicates nas mãos, geralmente saía de lá, não com mais unhas, mas, infelizmente, com menos, para que se lembrasse de que estava num país que primava pelo civismo e pela civilização.
Esse consultório de Nails, como qualquer clínica polivalente de hoje em dia, também tinha outras especialidades, como a cura do sono, que consistia em manter os pacientes, com tendência para dormirem demasiado, gentilmente acordados, de acordo com os seguintes métodos, aprendidos no Kubark Countererintelligence Interrogation, um manual de boas maneiras, posto em prática pela C.I.A., e copiado pelos países onde reinavam as mais amplas liberdades democráticas.
A coisa era simples: bastava manter as luzes permanentemente acesas, ou intermitentemente apagadas, num sistema estrosboscópico, tão ao gosto das nossas discotecas, ou, com aquecimentos e aparelhos de refrigeração, alterar os ciclos de oscilação térmica do dia e da noite. Sempre que o paciente cabeceava, e ameaçava dormir, apanhava um estalo, ou um grito estridente, junto das orelhas, não fosse violar o acordo de cavalheiros que o levara ali. A hidroterapia também era generosamente praticada, com baldes de água gelada, pela cabeça abaixo, sempre que os olhos tendiam para se fecharem, e um valente pontapé nas canelas, ou um murro no estômago também eram incentivos ao prosseguimento destas dietas radicais.
Ao fim de uns dias, o paciente já era uma pessoa nova, e estava em plena Síndroma "DDD", ou seja, "Debility, Dependence and Dread", passando a ter comportamentos erráticos, como arranhar as paredes e os tetos das celas, o que o levava, como Leonardo da Vinci, a identificar formas e alucinações, nas marcas dos que antes por ali tinham passado.
O sistema sonoro era perfeito, passando, muitas vezes, nos limites em que os decibéis provocam a dor, a lamúrias, gritos e choro e soluço de parentes, mulheres e filhos dos internados. A comida era excelente, mas irregular, sendo o paciente acordado, com uma estalada, para tomar um pequeno almoço, a ferver, às 3 da manhã, ou obrigado a almoçar por volta das 11 da noite. Quando não queria, agarravam num funil, e despejavam diretamente, pela goela abaixo, enquanto ele se contorcia de dores, com boca e esófago queimados.
Havia quem resistisse pouco, e quem resistisse muito.
Quem resistia muito era considerado um resistente, e passava para um escalão superior, já que o estado salazarista, sempre muito dado a cortes e contenções, achava que as pessoas, tal como Cavaco Silva hoje advoga, se deviam "curar" rapidamente.
Começava então a fase eletromagnética, em que o paciente, amarrado a uma cadeira, era submetido a descargas elétricas de voltagem crescente, aplicadas em diferentes partes do corpo, mamilos, testículos, orelhas, olhos, ou em zonas que sustentassem maior permanência, de maneira a que se pudessem provocar queimaduras, e começasse a pairar, nas celas de iluminação indireta, um cheiro a pele cauterizada. Tudo isto provocava um enorme cansaço nas pessoas que tinham de manter o sistema funcional, de modo que, quando chegava o tédio, apagavam os cigarros nas costas, no peito ou na cabeça dos clientes mais impertinentes.
Cansados da luz elétrica, podiam passar à fase da água, em que inclinavam o pescoço do paciente para trás, e lhe começavam a despejar garrafas na boca, e, sempre que ele começasse a sufocar, paravam, até que ele tossisse, com os pulmões invadidos pela água, exercício excelente, que o poderia levar a cuspir sangue, por ter rebentado, com o esforço, algumas partes da plétora respiratória.
Para quem respirava mal, enfiavam-se sacos de plástico na cabeça, e apertavam-nos no pescoço, para ver quanto tempo o moço aguentava, sem respirar, porque o ar é um recurso escasso e deve ser poupado. Caso estivesse à beira do desmaio, era totalmente despido, enquanto os tratadores o regavam com uma mangueira de água gelada, e lhe aqueciam os genitais, com fósforos acesos, e pontas de cigarro para apagar. Punham-no depois de pé, a fazer o número da estátua, como os miseráveis da Rua Augusta: braços em forma de cruz, e firmemente de pé, horas e horas a fio, completamente nu, e se acontecesse ter tendência para cair, era posto de pé, com pontapés de botas nas rótulas, que até se podiam fraturar, o que era irrelevante, porque um fémur quebrado, se é capaz de manter a perna direita enquanto intacto, também o pode manter depois de partido, até o osso rasgar a carne, da estátua forçada. Se houver hemorragia, será bem vinda, porque a morte por perda de sengue é sempre bem vinda, e poupa o tiro de misericórdia, dado na nuca.
O paciente não deve gritar, sob risco de se lhe ter de dar um murro na boca, partindo todos os dentes, e esmagando os lábios, ou levando uma punhada no bolbo raquidiano, que o poderá deixar paralisado para sempre.
Quando os agentes tinham de descansar, fechavam os pacientes, nus, em celas coletivas, de janelas de redes cerradas, de onde tentavam ver um fragmento da rua, como se a realidade ainda existisse, e depois eram buscados, para serem massacrados com bastões de mola interna, que não deixavam nódoas negra, mas dores para sempre, no corpo e na alma.

Havia os pacientes e os impacientes: os pacientes eram obrigados a conter a urina e as fezes, até onde aguentassem, mas quando não aguentassem, teriam de se satisfazer pelas pernas, e ficar a chafurdar no chão, até terem de limpar tudo com as roupas, por que há que manter a decência, e o cidadão deve evitar sujar os espaços públicos. Os impacientes eram despachados com um tiro na órbita, ou bem na base da nuca, para serem atirados ao mar, de modo a não voltarem a infestar as costas,. "Tudo em linha na garagemvem o Inspector Capela passar revista à mocidade desviada. Olha um a um, ri-se na cara de cada um dos carecas".

Acho que chega de descrições, estamos a falar da P.I.D.E, da "Velha Senhora", de criminosos como Barbieri Cardoso, António Sacchetti, de Fernando Silva Pais, que a dirigiu, desde 1962, até ao 25 de abril, e a quem Aníbal Cavaco Silva, um chico esperto que devia estar preso, por destruição do tecido produtivo português, declarou, em 1967, por escrito, "estar integrado no (actual) regime político" (!), constituído, entre outras coisas pela referida P.I.D.E., organização de benemerência, com os métodos atrás descritos.

A novidade, no meio disto tudo, é que Annie Silva Pais, filha única do gestor desta casa de torturas e horror, nauseada da família que tinha, decidiu entregar-se aos amores de Che Guevara, e viver uma vida aventureira, a maior bofetada que poderia dar à corja genética de onde provinha, dando, com a vagina, um golpe de asa nos três pés da maior esterqueira que este país produziu, "Deus, Pátria e Autoridade", ou "Família, Deus e Pátria", pelaordem que quiserem.
Fugiu, e fez bem.
Não se quis "curar", como o colaboracionista Cavaco Silva, preconiza, para todos os Portugueses, tal como eu não me quero curar, exceto de uma coisa, desse fantasma bolorento, Aníbal de Boliqueime, que arruinou Portugal, e que que quer que os Portugueses voltem, agora, à Idade Média rural.
Eu quero ser Europeu, Cidadão Global, e viver sem 400 anos de Inquisição.

Portanto, quero, literalmente, neste 10 de junho, que você se vá foder, mais o cargo que rebaixou ao nível dos facínoras e cadastrados da Sociedade Lusa de Negócios e do BPN, tentando sempre passar por cima. Não vai passar por cima, e vai ir de escaldão em escaldão, a começar já por quarta feira, em que vamos pagar os juros mais altos da nossa história, enquanto você anda entretido, no seu alzheimer, convencido de que está a formar o seu terceiro governo de maioria absoluta, e em julho, quando tivermos de vender uma fraude chamada Banco BPN, que você amparou, com os facínoras seus amigos, entre tantos outros negócios obscuros da longa noite cavaquista, que nunca mais acaba.
Não está a formar esse terceiro governo de maioria absoluta, dos obsoletos anos 80, e a História breve vai-lhe provar isso nos meses imediatos.
Hoje, António Barreto, já preparado para integrar o futuro Governo, eventualmente, na Pasta da Educação, fez-me vomitar, como você me faz nausear, e como me faz sempre vomitar o trio que Barreto integra, a Agustina e o Proença de Carvalho, que, quando surgem, indicam sempre onde está o lado errado da História.
Eu não estou nesse lado errado da História, nem preciso de nascer duas vezes, para lhe atirar à cara que o considero o pior flagelo da Democracia Portuguesa, e faço-o com o maior desprezo que posso sentir, por quem traiu a minha Pátria e os meus infelizes concidadãos, durante tão longos anos.

Quanto a Silva Pais, a quem Cavaco prestou juramento de não oposição, ressuscitou agora, na pessoa dos familiares, esparsos pela Suíça, ou lá onde é, para processarem o meu amigo José Manuel Castanheira, por ele ter afirmado que o Chefe da PIDE tinha estado envolvido na execução do General Humberto Delgado.
Pois é claro que não esteve.
Como é que um homem tão ocupado em dirigir um negócio de Nails e uma câmara de horrores se poderia interessar por uma coisa mesquinha, como o abate de um ex candidato presidencial?...  Portanto, o Castanheira deve ser condenado já, e bem, tal como o Diretor da "Sábado", eventualmente, a repovoar o Interior, que o carrasco Aníbal destruiu, a par das Pescas e da Indústria, para inaugurar o longo percurso da Dívida, porque um país que nada produz só pode gerar dívida, ou luvas de submarinos, nas contas suíças de Durão Barroso.
Quanto a Silva Pais, deve ser beatificado, por este milagre de ainda ser tão falado depois de morto, e morto sem punição por tantos crimes, e até beatificado no Estádio Nacional, com a vergonhosa Maria Cavaca a representar o estado de decadência ao que o Estado chegou.
Beato Silva Pais do Menino Jesus.

Puta que vos pariu, bolorentos fantasmas do passado, que nunca mais nos deixam entrar, Portugueses de cabeça erguida, num séc. XXI de modernidade!...

(Quinteto da obscenidade de arrancar unhas, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma Aventura Sinistra", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

segunda-feira, 6 de junho de 2011

As lágrimas amargas de Petra von Vilar de Maçada. Até um dia, camarada :-)





Imagem do Kaos


Hoje é um dia histórico para Portugal, não só pelas más como também pelas piores razões. Para nós, que, nestes espaços, ao longo de seis penosos anos, tivémos a difícil tarefa de penélope de destruir, pela noite, a imagem de perfeição que os assessores do "Engenheiro", com o nosso dinheiro, construíam durante o dia, é tão só um dia de trabalho, como tantos outros: mudará o alvo, mas, infelizmente, a tarefa terá de ser a mesma.
O Polvo Paul II, que nunca viu o solzinho a dançar, como a Lúcia, que deus consigo tenha, porque a iluminação do aquário dele é artificial, já avançou com o 18 meses até voltar a haver eleições em Portugal.
Infelizmente, creio que a Bancarrota ou o estado de saúde de Cavaco Silva talvez venham a apressar essa data, mas não vamos começar a ser já pessimistas, porque amanhã ainda é só segunda feira, e vêm aí os feriados de junho, onde esperamos que Passos Coelho ponha já em ação o seu Programa Eleitoral e trabalhe durante o fim de semana que faz ponte, entre os feriados. Por mim, vou tentar fazer ainda menos do que já faço, porque está provado que os povos do Sul trabalham muito mais do que os nojentos do Centro e do Norte, que passam o tempo a comer pepinos para terem dias de baixa. Que vão trabalhar, seus malandros!...

Portanto, o cenário é o seguinte, e só se afasta ligeiramente daquele que eu ambicionava, que era uma maioria de "Direita" que não chegasse a Absoluta, por limiano ou limiano e meio, mas não se pode ter tudo na vida.
Gostei do discurso de despedida de Sócrates, e elogio quem lhe o escreveu, porque aquilo oscilou entre a retórica do Estoicismo, a doçura do Epicurismo e as grande épicas da métrica de "De Bello Gallico", e até me vinham aos olhos lágrimas, a pensar que estava a ouvir César, o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens, no momento em que o cruel Bruto lhe enfiava a navalha no baixo abdómen; depois, subiu o tom para Suetónio, e, aí, já o Manuel Alegre, o bêbedo das rimas frouxas, soltava lágrimas de elevado teor em álcool, enquanto Maria de Belém se continha, já que a sua altura não permite, com risco de afogamento, que as lacrimais segreguem mais do que um cano descuidadamente roto da autarquia de Lisboa. Chorava Almeida Santos, a pensar que agora se ia poder dedicar aos negócios sujos de Moçambique, e chorava o "alter ego" do "Engenheiro", a quem dou os parabéns, já que lhe deve ter ele polido as palavras e a métrica.

Aquilo não era um hotel, era um vale de lágrimas, e cenas com aquela extensão são muito difíceis, exceto na "Traviata", em que ela espalha horas o Bacilo de Koch, pelo palco, antes de morrer sufocada pelas crateras da pleura, ou em "La Bohème", em que ela ainda tem tempo de reviver os homens todos que despachou em vida, antes de se afundar no acorde da tónica, mas, já que era com Sócrates que estávamos a lidar, a coisa ainda tinha de subir mais, e foi ao tom proconsular de Dion Cassio, em que ele dizia que morria, mas ia ficar vivo, um cidadão, o que fazia lembrar a Roma Republicana, sem a Rocha Tarpeia. Suponho que a Câncio chorasse por cima e por baixo, enquanto Gabriela Canavilhas reconhecia ali o Diretor ideal para o Teatro Nacional, uma espécie de Amélia Gay..., perdão, Rey Colaço, que, amargamente, se desperdiçara pela política, e os adversários da véspera, o nulo Lello, o horrível Assis e o asqueroso Ferro Rodrigues faziam esgares de buldogue. Subiu, então, a prima dona ao final do "Ottelo" e toda ela era Desdémona, a quem o negrão vinha injustamente apertar as goelas, sem antes lhe ter alargado decentemente as trompas de falópio. Adeus, portanto, Zé, que, ao menos, na despedida, tocaste o Steiner, cauda longa, todo, da grandiloquência, e ficamos falados, porque tenho mais que fazer.
A propósito, como sabia que ias perder, e como não quero ter nada a ver com a merda que vem aí, imagina, votei em ti, para provar que também sei ser cavalheiro e puta, e assim ficamos falados...

Do lado oposto, a coisa era mais lúgubre, porque a Portas, calculadeira como sempre, imediatamente começou a fazer contas de cabeça, e, dos dez ministérios do novo governo já sonha com, pelo menos onze, e todos do "full contact", porque, como afirmou, mal soube que estava com o lombinho ajeitado, "ia ter com a família, passando, antes, pela... "ginástica", ou seja, algum "personal treiner" do Estoril, que vai ter de apanhar com a adrenalina toda da tarada.
Passos Coelho é pior, porque é um boneco vazio, de entre Massamá e a Rinchoa, que o Cavaquistão profundo empurrou para a frente, para transformar em filetes, mal comece a patinar. Isso é típico do PSD, que tem um genoma da piranha, e não se desfaz em lirismos, quando perde o pé, mas imediatamente devora as suas cabeças, mal elas deixam de cumprir as ordens dos muitos sovacos que tem.
Como diz o Polvo Paul II, é coisa para ano e meio, se tanto, isto se o FMI não descobrir, antes, as fotos do "Processo do Parque" e as cabeleiras de Catherine Deneuve, que Silva Pereira tão bem trocava com Valente de Oliveira, deixando a fama para a tarada da Sacadura Cabral filha, ou a brasileira do Pedro que pinta o cabelo de caju descubra que ele tem vícios de Strauss-Kahn, e provoque um escândalo à americana, mas da direita baixa.

Os tempos são, pois, promissores, mas não queria deixar este pequeno epitáfio sem uma palavrinha para os desvalidos desta noite: será que não há um pensamento de piedade para Inês de Medeiros, essa nódoa, que agora terá de desembolsar as saudades de Paris diretamente da carteira do Maestro Vitorino de Almeida?:... Será que Isabel Alçada irá ter de dar o cházinho da meia noite ao Rui Vilar, para ele desamparar a Gulbenkian, e ela poder finalmente entrar?... Que será da Carrilha, que não foi eleita Grã Mestra da Maçonaria, e que se arrisca a poder vir ter de dar aulas, e ser avaliada, como docente com curso e doutoramento com média de dez?... Não estais com a dor de Paulo Pedroso, que poderá ver o "Casa Pia" ser reaberto, e ter de reimplantar, à pressa, os sinais que mandou tirar do cu?... E a Câncio, Senhor, que será da Câncio?...

A última palavra ainda é de carinho, e é para Maria Cavaco Silva, que hoje foi votar, com o seu Manequim dos Anos Cinquenta, da Rua dos Fanqueiros, toda enrolada numa peça de tule azul, do tempo das personagens rançosas da medíocre Agustina e do cadáver adiado, Manoel de Oliveira. Ela sorria, mas era a dor quem com ela ia.
Mulher outrora vistosa, aquela Falha de Santo André, que tem entre as ridículas golas da modista e a artrose das vértebras pescoçais, que, com o tempo alargam, e deixam prever "the big one", sofre agora de outro fenómeno geológico nos membros inferiores: há uma elefantíase, acentuada por celulite, que desengonçou as partes ósseas da bacia para baixo. Se Schwarzenegger, nos bons tempos em que comia judeus ricos, para subir na vida, tinha um corpo em V, da cintura para cima, esta tem agora, descambado, uma arco da Rua Augusta, da cintura para baixo. É de supor que anda alargue, durante este ano e meio de Governo contra natura. Corremos o risco de que o Cavaco lá caia, dentro, sem voltar a poder sair, como previu Stephen Hawking, no limiar dos buracos negros. Será isso o "Pügrèsso", ou será tão só a nossa beata forma de encaixar a Bancarrota?...
Que a terra lhes seja leve.

(Quinteto do adeus freeport, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma Aventura Sinistra", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers", que lá vai ter de gramar mais esta pastilha...) 

sábado, 4 de junho de 2011

Conselhos de Civilidade, para Meninas de Lisboa, Viciadas em Votar no Bloco Central, d'après Pierre Louÿs





Imagem do Kaos




Manda a norma que a menina honrada vá virgem, do hímen da frente, para o casamento. Quanto aos outros hímens, a norma é omissa, pelo que pode ir toda rota, como geralmente vai, excetuada a nossa querida jornalista Aura Miguel, cobridora libidinosa das visitas pontificais e até dos bispos auxiliares, quando a protuberância do avental litúrgico é assumidamente túrgida.

5 de junho, como sabem, vem aí, e vai ser um dos dias mais divertidos da Democracia Portuguesa, ou deste estado de coisas em que ronceiramos, e que insiste em manter esse nome.

Como sabem, somos zelosos cumpridores das regras, pelo que não faremos mais campanha, a partir das 00.00 deste dia, assim como nos compete fornecer aos estimados leitores o conteúdo de um email, recebido da Comissão Nacional de Eleições, e especificamente destinado aos eleitores de Lisboa, do PS e do PSD, cidade onde tudo se decide, desde a ruína da própria à ruína das restantes.
Como se sabe, e existindo constitucionalmente a figura da "objeção de consciência", passamos a citar: "aos eleitores registados pelo Círculo Eleitoral de Lisboa, e sendo cabeça de lista do Partido Socialista, referenciado em 4ª (quarta) posição, nos boletins de voto devidamente emitidos por esta entidade, de acordo com as normas da República Portuguesa e a Lei Eleitoral em vigor, o cidadão Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues, e em resposta a diversas dúvidas colocadas por eleitores, sobre se poderiam continuar a votar no Partido Socialista, no Círculo Eleitoral de Lisboa, sem a obrigatoriedade de votar na sua cabeça de lista, por questões deontológicas, morais ou de dúvida casuística, por nunca ter sido dado devido trânsito a matéria processual contida em processos públicos, nomeadamente no comummente conhecido "Processo Casa Pia", vem a Comissão Nacional de Eleições esclarecer que tal é possível, desde que, à frente do quadrado reservado ao Partido Socialista, e após imposição da cruz, o eleitor redija o seguinte texto, anexo: "declaro, por minha honra, estar a querer votar no Partido Socialista, e só no Partido Socialista, desvinculando-me, por este meio, de votar no seu número 1 (um), da lista por Lisboa, cidadão Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues, e, passando, por conseguinte, o meu ato de escrutínio para o número 2 (dois) da mesma lista, cidadão Alberto Bernardo Costa (e esposa), pelo que inscrevo neste boletim, como certificação, o meu nome próprio e número de bilhete de identidade, ou documento de identificação afim".
No que respeita ao Partido Social Democrata, "em 7ª (sétima) posição nos mesmo boletins de voto emitidos por esta entidade, e querendo o eleitor votar no referido partido, mas não no nome que encabeça a sua lista, Fernando José de la Vieter Ribeiro Nobre, por considerar já ter sido voluntariamente induzido em erro sobre o caráter suparpartidário do mesmo, no ato eleitoral para a Presidência da República, de janeiro do corrente, e não querendo voltar a ser confundido, achando que o cidadão Fernando José de la Vieter Ribeiro Nobre tem mais perfil para emplastro do Dragão do que para Presidente da Assembleia da República, e receando que possa vir a abandonar as funções parlamentares para as quais fosse eleito, deverá o eleitor de Lisboa, após imposição da cruz no Partido Social Democrata, o seguinte texto: "declaro, por minha honra, estar a querer votar no Partido Social Democrata, e só no Partido Social Democrata, desvinculando-me, por este meio, de votar no seu número 1 (um), da lista por Lisboa, cidadão Fernando José de la Vieter Ribeiro Nobre, e, passando, por conseguinte, o meu ato de escrutínio para o número 2 (dois), da mesma lista, cidadã Paula Teixeira da Cruz (e respetivo esposo), pelo que inscrevo neste boletim, como certificação, o meu nome próprio e número de bilhete de identidade, ou documento de identificação afim.

Crê a Comissão Nacional de Eleições, no cumprimento do exercício pleno das suas funções, simplificar assim situações que poderiam gerar dúvidas, ou qualquer tipo de ambiguidade, durante o decurso do ato cívico de 5 de junho.

Votar é um dever, da maturidade cívica de qualquer Democracia. Vote no dia 5 de junho. Vote Portugal."

(Quinteto do quero que vocês vão todos mas é apanhar no bocal do intestino grosso, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma Aventura Sinistra", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")