quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fábula da semana em que "Miss Fardas" foi a Bilderberg, acompanhada pela sua valise de carton, António José Seguro





Imagem do Kaos


Toda a gente sabe que as teorias da conspiração só são teorias da conspiração até se descobrir que o não são, ou, evitando o trocadilho, quando aquilo que nos parecia um delírio se revela ser a mais concreta das realidades.

Essa história de Bilderberg, que começou por andar pelo anedotário, começou agora a fazer parte do horário, e na escala da descarada. Como defende Estulin -- e a Margarida Rebelo Pinto, honra lhe seja feita... -- não há acasos, ou seja, toda esta porcaria que parece desordem não é mais do que uma fase da Nova Ordem, em formato de pronto a vestir, com direito a toilette de manhã, tarde e noite.

Naquela fase cavernosa em que Portugal andou a votar, através de SMS de valor acrescentado quem era o Maior Português de Sempre, e chegou àquela triste conclusão, devia ter sido imediatamente lançado um debate para se eleger o Português Mais Sinistro de Sempre.

Não vos quero influenciar, mas o meu voto ia para Pinto Balsemão, o político há mais tempo na sombra desta decrepitude, a que chamamos "Democracia".

Contas feitas, se Salazar lá esteve uns quarenta anos, este para lá caminha, e pode ter prolongamento, se o Clube assim o decidir. À sua pobre maneira, é um Kissinger português, uma coisa de aldeia, com algum pedigrée, vindo de D. Pedro IV ter ido à cona a uma sopeira, e deveria ter ficado por aí, não fosse o país estar contaminado por meio século de falta de opinião pública, e o cavalheiro ter encontrado uma receita mágica que era ainda conseguir poupar a esse povo, por mais meio século, o esforço de pensar, inventado o "Expresso", que punha as questões, orientava o debate, abafava os contraditórios, e impunha as conclusões.

Aparentemente, porque já era de família, também o "Expresso", depois, foi à cona a tudo o que estava à mão, e foram nascendo algumas SIC bastardias, umas "Caras", umas "Ativas", uns "Jornais de Letras", umas "Visões", e toda a casta de mobiliário folheante dos cabeleireiros de bairro, que não frequento, nem os cabeleireiros, nem a matéria a folhear, obviamente.

Até aqui tudo bem, porque o papel higiénico, como dizia Gutenberg, divide-se entre o impresso e o não impresso, e eu gosto do branco, ao contrário do pão, que prefiro integral, não fosse o papel higiénico ter tomado uma tal escala que nos começou a impedir de respirar, e, sobretudo, essa sofreguidão de impedir o pensamento livre tivesse tornado um país distorcido num amontoado de gente ainda mais distorcida e esclerosada, tipo Somália, na época dos piratas hibernarem.

No princípio, já que temos sempre de voltar lá, era o secretismo. Na fase em que estamos, é tudo à descarada, desde os olhinhos ávidos da Teresa Guilherme, passando pelo branqueamento de capitais de todos os subterrâneos russos, através do Mourinho, até desaguar nesta porcaria de Bilderberg, que começou por ser uma anedota, mas acabou numa perigosíssima peregrinação.

Enquanto o Mundo inteiro, o das Sombras, ali se reúne, para retirar o pouco de luz que ainda resta ao Mundo que a tem, o Balsemão vai, penosamente -- tanto quanto lhe permite o furo de coca, pelo qual ainda respira, como os cachalotes -- levar os seus pastorinhos anuais, para ver que tipo de solzinho irá dançar, na próxima "saison", no miserável quintal português. Como dizem os crentes, alguma coisa de importante deve mesmo andar a acontecer por aqui, porque não há a mesma preocupação de muitos outros terreiros, com a escala mínima de Portugal, a levar, ano após ano, os seus beatificados, para que recebam qualquer coisa da mão do próprio Senhor.

Nos últimos anos, a coisa bateu certo: Barroso foi, e Kissinger colocou-o como o supra-sumo da nulidade, para Obama ter tempo de destruir o Euro e a Europa. A seguir, a romaria levou Sócrates e Santana, que logo foram Primeiros Palhaços de Portugal. Houve uns interregnos, com Rui Rio, que deverá ir substituir o lambedor de conas de pretas, como líder do P.S.D., e o Tição, que reinará no Sul Mouro, como António Costa. Pelo meio, Clara Ferreira Alves, a ver se arranjava homem e RTP, mas o Relvas foi-se embora e a Isabel dos Santos resolveu trocar a nacionalidade portuguesa pela russa, porque aquilo vai explodir, e os impostos são mais baixos. E sendo que mais vale uma discoteca em Moscovo do que o bordel da RTP, em Lisboa, a Ferreira Alves preferiu a sua estabilidade de "horizontale", no novo coio do "Canal Q": aparentemente, o seu topo da base já foi pelo cano. Temos pena: houve pernas que, abrindo menos, conseguiram mais.

Agora, vem a parte negra.

Como é sabido, é das regras de Bilderberg que os seus pares interajam interpares, ou seja, um pouco como o Cavaco continuou a apoiar o Duarte Lima e a Beleza, e depois o Relvas recebe, recebeu e recebia, na sua casa, da Rua da Junqueira, já que o Aníbal o não podia fazer diretamente, o escroque, "Conselheiro de Estado (!)", Dias Loureiro.

À margem da Lei, Bilderberg é como as Termas do Vimeiro, depois de lá se banharem, todos perdem os crimes, e passam a meros agentes da Estratégia Global.

Para mim, que sou certeiro nas lotarias negras, pensei que este ano fosse a vez de João Galamba, mas o galambismo fica para depois, como vos irei explicar, ou melhor, aguarda, na retaguarda, que as hostes marchem para as tricheiras, através da Santíssimo Trindade, Vítor, Pai; João, Filho, e a Pombinha do Espírito Galamba, e não pensem que me desviei do assunto, porque, este ano, Balsemão, o Português Mais Sinistro de Sempre, leva, por arrasto, Paulo Portas, uma víbora luminosa, que o demónio dotou com o dom da palavra, e a Vénus Vulgar, com o dom da mamada, e como esta gente não se desloca, nunca, sem criados nem camareiros, enturmaram com o merceeiro António José Seguro, o típico parolo, cara de seminarista, que se percebe que nunca irá muito alto, mas poderá servir de cobertor a quem mais alto queira por ele ascender.

Senil, Balsemão já nem esconde o que procura para Portugal. A morte política de Passos Coelho vai na agenda secreta, e o seu sucessor já está na calha, só que o sucedido só vai perceber, no último instante o que lhe sucedeu. Não percebi -- mas também não chego para tudo -- se Cavaco irá ser empalhado, e exposto, como Lenine, no Mausoléu da Quinta da Coelha, ou se a questão turca se sobreporá ao que fazer com o Cadáver de Boliqueime, embora isso me preocupe pouco, porque a romaria só tem três sentidos: ou é o povinho da Favela PSD que vai enturmar num Governo chefiado pelo Maior Demagogo... bom, maior, não sei, talvez um ex-aequo com o Professor Marcelo, e com o PSD, desvitalizado, a reboque, numa rui risada; ou o povão do Centrão que está preparado para votar, à justinha, no ar, à justinha, do António José Seguras o quê, e segura muita coisa, como as piranhas de extrema-direita, de cariz galambista, que só estão à espera de que lhes abram a porta, como aqueles cães assassinos, que são fechados, semanas, em quartos escuros, para virem cegos de ira e carnificina, ou, se a coisa não funcionar, a velha solução do Tio Soares, um casamento entre pederastas do Largo do Caldas e pedófilos do Largo do Rato.

Creio que seria o governo ideal para Portugal, e, para mim, já teve um efeito profilático e terapêutico: fiquei, hoje, com a absoluta certeza dos sítios onde NÃO irei votar, nas próximas eleições.

Para o ano, se a "branca" ainda o não tiver feito estoirar, talvez Balsemão convide Jerónimo de Sousa. No fundo, este mundo é tão pequeno, e tão escassa a nossa finitude, que nada me espantaria...

(Quarteto da "Fardas" vai mamar em Bilderberg, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

1 comentário:

Nela Leite disse...

Um mesmo lixo, um mesmo asco